A cultura de uma organização é variável crítica para implementação de sua estratégia para atingir seus objetivos. Segundo Octavio Calonge, da Sagitta Desenvolvimento, especialista em cultura organizacional, “os Valores e seus comportamentos observáveis são a linguagem que estabelece a identidade e sustentabilidade da Fundação e de seu fundador, mostrando a forma como os colaboradores devem ver e fazer as coisas”.
Diante disso, com apoio da Diretoria Executiva e estímulo do presidente Reginaldo Donizeti Lopes, foi criado grupo de trabalho para disseminação dos Valores da Fundação Padre Albino, integrado pelos setores RH, NEP/Núcleo de Educação Permanente, Atendimento ao Cliente-Humanização e Departamento de Comunicação. Esse grupo realizou pesquisa por amostragem nas unidades de negócio sobre o conhecimento dos Valores da Fundação Padre Albino. Todos os colaboradores que participaram do teste receberam o “pocket folder” dos Valores. Os dados foram tabulados em forma de gráfico e apresentados aos diretores e respectivas gerências/coordenação das unidades.
A gerente de RH, Tatiane Kratuti Devitto, informou que a pesquisa mostrou que 58,44% dos colaboradores conhecem os Valores e 40,42% os desconhecem. Para ela, o resultado indica que quase metade dos colaboradores não conhece a forma de se comportar dentro da instituição. “Se fizermos um paralelo com o trânsito, significaria que quase a metade da população não conhece suas regras, o que certamente se traduziria em caos, demora e aumento dos acidentes”, ressaltou o presidente Reginaldo Lopes.
Com base nesse resultado, a Diretoria Executiva aprovou a promoção da “visita do Padre Albino à Fundação” no período de 20 a 24 de junho, com apresentação da peça de teatro “Padre Albino: legado para uma cidade” pela Cia da Casa Amarela. A peça foi apresentada em duas sessões, às 10h e 15h30, na sala de espelhos do Complexo Esportivo “Prof. Ivo Dall’Aglio”, na Unifipa, e no Anfiteatro Padre Albino, para todos os colaboradores das unidades mantidas pela Fundação. O objetivo das apresentações foi aproximar os colaboradores dos Valores e do legado deixado por Padre Albino. “Muitos não conhecem a história dele e tampouco podem sentir a força e amor pela Fundação”, considerou Tatiane.
Antes da apresentação da peça, em cada sessão, membros da Diretoria Executiva agradeceram a presença dos colaboradores e disseram que o objetivo era ressaltar os Valores da Fundação. “É uma honra, mesmo que de forma fictícia, receber Padre Albino em sua Fundação. Ele vem para nos apresentar a sua história e os valores que sustentam o seu legado”, disseram. E explicaram: “Valor não é algo que se aprende em sala de aula. Valor se adquire principalmente com nossas experiências e o aprendizado deve ser continuo, a fim de evoluirmos, nos transformando em pessoas melhores. Devemos, também, aprender com os exemplos de pessoas ao nosso redor, e melhor exemplo do que a vida de Padre Albino não há. Que cada um de nós, no seu dia-a-dia, continue aplicando os Valores da nossa instituição e do nosso Padre Albino”.
Na semana da apresentação da peça foi montada a exposição “Vida e obra de Padre Albino” nas dependências do Hospital Emílio Carlos e no Anfiteatro Padre Albino, organizada pelo Centro Cultural e Histórico Padre Albino.
Nos meses de julho e agosto, de acordo com Tatiane Devitto, “o grupo de trabalho vai coordenar as Oficinas dos Valores, atividades envolvendo os colaboradores para trabalharmos e vivenciarmos sobre cada um dos nossos Valores, buscando atitudes importantes para aplicação ao negócio e com o objetivo de conectar a cultura organizacional aos processos internos”.
Heloísa de Oliveira, auxiliar administrativo do Hospital Emílio Carlos, disse que “a peça foi algo, assim, que não tem explicação. É um sentimento que só você vendo para sentir. É algo profundo. Como filha de Catanduva não tinha noção da história de Padre Albino. Foi lindo e emocionante. A população deveria ter mais oportunidades para conhecer a história. Eu já sou privilegiada por trabalhar aqui. Depois dessa peça saio presenteada por saber que a instituição foi construída na base do amor, do humanismo, da essência que o mundo perdeu, que é o verdadeiro amor cristão”.
“A peça, além de ser explicativa, traz conhecimento, além do que a gente já sabe do dia-a-dia da história de Padre Albino. Ela traz para a gente uma ilustração muito mais clara da bondade, da humanidade, da generosidade que Padre Albino teve para nossa cidade”, disse Nínive Mayara Ferraz, psicóloga do Hospital Emílio Carlos. Para ela foi “muito emocionante ver que uma pessoa se empenhou e se dedicou tanto para pessoas que nem eram da nacionalidade dele”.
Para Cleber Alves, gerente financeiro da Fundação, Padre Albino é inspiração que ele traz no dia-a-dia. “Toda manhã, ao adentrar à Fundação, faço o sinal da cruz diante da imagem dele. Assistir essa peça, entender um pouco mais da história, só nos inspira a buscar levar o legado dele à frente, trabalhar com a mesma persistência que ele trabalhou e nos ensinou a trabalhar para conseguir fazer com que a Fundação cada vez mais evolua no tratamento aos pacientes, no apoio às pessoas necessitadas”.