Com o objetivo de fomentar a transição do cuidado e o trabalho em rede no território, a Qualidade, através do Centro Integrado de Humanização/CIH e dos Grupos de Trabalho de Humanização/GTHs, e a Gerência do Cuidado, através do Núcleo Interno de Regulação/NIR e Alta Responsável, dos hospitais da Fundação Padre Albino, em parceria com o Departamento Regional de Saúde/DRS XV de Rio Preto, retomaram os encontros entre profissionais da saúde da região de Catanduva no dia 18 de maio último, das 9h às 12h, no Anfiteatro Padre Albino, em Catanduva. As referências municipais que atuam com a Alta Responsável foram reunidas para tratar sobre o processo de trabalho, sendo fortalecida a atenção integral e compartilhada do indivíduo.
A gerente de Cuidado dos hospitais da Fundação Padre Albino, Simone Trovó, agradeceu a presença de todos os municípios da região em nome da diretora de Assistência Social e Saúde da Fundação, Renata Rocha Bugatti, ressaltando a importância do esforço conjunto para o fortalecimento de todos e, principalmente, o benefício ao usuário que é quem utiliza a rede. Na sequência, a articuladora de humanização do DRS XV, Lucinéia Lacerda, explanou sobre a Política Estadual de Humanização e a aplicabilidade do dispositivo Alta Responsável.
A equipe multidisciplinar do Hospital São José, de Itajobi/SP, falou sobre a implementação dos leitos de longa permanência e como os mesmos podem contribuir no processo de alta responsável da região por meio da reabilitação de pacientes com tratamentos mais extensos.
A enfermeira coordenadora do Núcleo Interno de Regulação/NIR e Alta Responsável do Complexo Hospitalar da Fundação, Vanesa Holanda Gila, apresentou o processo de alta responsável hospitalar com estudo de caso de projeto terapêutico singular que envolveu a Equipe Multidisciplinar de Atendimento Domiciliar/EMAD de Catanduva tendo, na ocasião, a enfermeira Fernanda Leoncini e a supervisora técnica Eduarda Margonar contribuído com o relato da experiência da parceria entre hospital e saúde básica para o sucesso do desfecho clínico da paciente Vera.
Vanesa ressaltou o apoio matricial praticado pelos hospitais da Fundação Padre Albino, através da rotina diária, e novos temas foram acordados para 2023 como, por exemplo, a puericultura, saúde da mulher, vitalidade fetal e regulação. O matriciamento é um modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada, criam proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.
As articuladoras da Atenção Básica Mônica Obara Macedo, Valmira Porto, Valéria Mastrange e a diretora do Núcleo de Redes, Franciele Duriga, do DRS XV, também registraram presença.
O trabalho realizado pelo Serviço de Alta Responsável Hospitalar foi elogiado por diferentes municípios presentes na plenária.
Entre os benefícios da diretriz de transição do cuidado, prevista pela política de humanização, está o estímulo à autonomia do paciente; a participação/inclusão da rede afetiva e familiar; o vínculo entre referência e usuário; a produção de redes de cuidado; a reinserção do paciente na sociedade; a desospitalização segura e eficiente e, consequentemente, a redução de reinternação.
A ação está alinhada ao planejamento institucional de humanização e ressalta as iniciativas atreladas ao cuidado centrado na pessoa, método clínico que proporciona melhores desfechos em saúde.