O secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, participou, em Rio Preto, nesta terça-feira (11), da reunião preparatória das Oficinas Macrorregionais de Regionalização. De acordo com ele, o Projeto de Regionalização da Saúde busca reorganizar as unidades e investimentos de acordo com as necessidades e demandas de cada região.
As Oficinas terminam hoje e estão sendo realizadas no auditório da Famerp. A Fundação Padre Albino está representada pelo diretor-presidente da Diretoria Executiva, Reginaldo Lopes; diretora de Saúde e Assistência Social, Renata Rocha Bugatti; diretor médico dos hospitais, Dr. Luís Fernando Colla; gerente de Serviços do Hospital Emílio Carlos, Mayara Theodoro Neves Ignácio; gerente administrativa do AME Catanduva, Karulini Polo, e coordenadora de Faturamento, Maria Veronesi Bigoni.
“Nós temos 48 hospitais de alta complexidade no estado, todos operando com mais de 100% da capacidade. Por outro lado, temos 200 hospitais de pequeno porte com taxa de ocupação entre 20% a 25%. Isso deixa claro o equívoco no fluxo da rede hospitalar”, disse Eleuses Paiva.
O encontro pretende mapear a estrutura pública de saúde no noroeste paulista para identificar onde estão os leitos hospitalares ociosos – que já estão instalados, mas não estão sendo utilizados. Renilson Rehem, coordenador do Projeto de Regionalização da Saúde, disse que o objetivo é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento.
“Atualmente, os municípios aplicam até 40% do seu orçamento na saúde, mas, devido à falta de integração das unidades, muitas vezes o cidadão ainda não tem suas necessidades atendidas. O projeto prevê a adequação dos ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais às necessidades regionais, efetivamente descentralizando o sistema de saúde”, disse Rehem.
Nesta quarta-feira, 12, haverá debates entre os 104 municípios que compõem o Departamento Regional de Saúde/DRS-15. “O diálogo é importante para que nesses dois dias de trabalho sejam encontradas soluções e consenso entre os municípios. É um desafio grande, mas esperamos chegar num bom resultado”, disse Reginaldo Lopes.