Fundação Padre Albino
HPA realiza inédita captação dupla de órgãos
Alan Gazola
terça, 24 de junho, 2025

Procedimento teve participação das equipes médicas do HC de Ribeirão Preto, HB de São José do Rio Preto e do Hospital Albert Einstein-SP.

O Hospital Padre Albino realizou no sábado (21 de junho) captação múltipla de órgãos inédita: duas doadoras, atendidas simultaneamente na unidade, tiveram órgãos coletados para transplante, procedimento considerado de grande complexidade logística.

As doadoras, duas mulheres de 36 e 57 anos, apresentavam quadros graves de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico e tiveram morte encefálica confirmada após a realização de todos os protocolos clínicos e exames obrigatórios, na sexta-feira anterior.

A possibilidade de doação foi apresentada às famílias pelas equipes da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Padre Albino, que acolheram com empatia e optaram pela doação. Na primeira captação, foi doado o fígado da paciente mais jovem. Já na segunda, foram doados o fígado, as valvas cardíacas e as córneas da doadora de 57 anos — o que pode beneficiar diretamente até cinco pacientes que aguardam na fila de transplantes.

O procedimento teve atuação conjunta de equipes do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, Hospital de Base de São José do Rio Preto e Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

A articulação entre as instituições foi fundamental para garantir a agilidade e segurança das captações. Carlos Eduardo Mancino Gomes, enfermeiro da CIHDOTT, destacou a importância do gesto. “Esta foi a primeira vez que realizamos a captação dupla de órgãos ao mesmo tempo na unidade, algo que marca um avanço não só logístico, mas também social. Percebemos que as famílias estão mais abertas ao diálogo sobre a doação, o que é extremamente importante diante da grande demanda por órgãos no Brasil”.

A Fundação Padre Albino, que administra os hospitais Padre Albino e Emílio Carlos, vem reforçando a importância sobre a doação de órgãos através de campanhas de conscientização e incentivando que esse tema seja discutido em casa, com familiares. “O simples ato de dizer "sim" pode transformar destinos e garantir vida a quem mais precisa. Este gesto de generosidade em meio à dor é um ato nobre, que inspira e dá esperança a muitos. Agradecemos profundamente às famílias por permitirem que outras vidas possam ser salvas. Doar órgãos é um legado de amor”, complementa o enfermeiro Carlos Eduardo.

Foto/Divulgação